A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS ESCOTEIROS NAS REUNIÕES
- Antônio Carlos Pacheco
- 18 de mai. de 2016
- 3 min de leitura
"Uma vez que o Escoteiro compreende o que é a honra e a tenha hipotecado em sua iniciação e promessa, o chefe deve confiar completamente nele. Você, por sua atitude deve mostrar-lhe que o considera um ser responsável. Encarregue-o de qualquer coisa, temporária ou permanente e confie em que a execute fielmente. Não fique verificando o que ele faz; deixe-o fazê0lo a sua própria maneira, se necessário deixe-o só e confie que faça o seu melhor possível. Confiança e crédito são a base de todo o nosso desenvolvimento moral. Atribuir responsabilidade é a chave do sucesso com os jovens, especialmente os mais turbulentos e difíceis". BP (Guia do Chefe Escoteiro - pág. 49).

4. A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS ESCOTEIROS NAS REUNIÕES
A forte tendência no Movimento Escoteiro é aplicar os Princípios Escoteiros em nossas reuniões de uma maneira formal, por intermédio do hasteamento e arriamento da Bandeira Nacional (geralmente sem cantar nosso hino) e com a realização de uma pequena prece.
Mas será que não existem outras formas mais participativas e interessantes de demonstrar nosso amor à Deus, à Pátria e ao Próximo ? Como nossa criatividade pode ser estimulada no sentido de criar novas formas de vivência desses deveres que assumimos espontaneamente ?
Sugerimos que o tema seja analisado pelo Conselho de Chefes do Grupo Escoteiro, assim como pelos Formadores dos Escoteiros do Brasil.
Muitos Grupos Escoteiros adotam a realização de cerimônias conjuntas das diversas seções, para o início e/ou o término da reunião semanal. Assim poderíamos imaginar a vivência no amor à Deus e à Pátria por todos os integrantes do Grupo, quem sabe com a própria participação dos pais presentes, deixando-se a vivência de serviço ao próximo para as atividades de cada seção. O Conselho de Chefes pode com certeza, identificar algumas novas formas de praticar essa vivência nas reuniões, aprimorando as sugestões abaixo:
- Dever para com Deus:
Prece do Pai Nosso de mãos dadas, depoimento de um jovem do que significa para ele Dever para com Deus, Leitura de uma pequena parábola bíblica, leitura ou representação de histórias e fatos de grande valor espiritual, entre outros.
- Dever para com a Pátria:
Cantar o Hino Nacional, da Bandeira, da República ou o Hino Alerta, em leitura por equipe, conhecer dados resumidos de algum grande brasileiro, representar um momento importante da história do Brasil, leitura de um pequeno debate sobre um direito ou dever institucional, etc.
- Dever para com o próximo:
Elaborar um Jornal Mural sobre a questão ecológica, plantio de bambus em área disponível perto do Grupo e acompanhar seu crescimento, leitura responsiva da Declaração dos Direitos do Homem ou da Criança, da ONU ou no Estatuto da Criança e do Adolescente, boa ação coletiva coma participação da comunidade próxima ao grupo escoteiro.
O Grupo Escoteiro poderia estabelecer que, em cada reunião, uma equipe (equipe pioneira, patrulha ou matilha) ficaria responsável pela homenagem à Pátria e outra pela referência à Deus, no início e no término da reunião. Caberia as equipes explicar aos respectivos chefes qual sua proposta de ação, ainda na semana anterior à apresentação. Uma vez aprovada a ideia, caberia a equipe colocá-la em prática na reunião seguinte.
A aplicação dos deveres para com o próximo seriam feitas por seção, na forma do planejamento das reuniões, buscando-se em cada reunião oferecer uma pequena vivência desse Princípio Escoteiro.
Além dessa prática, é na vivência das atitudes e jogos escoteiros e na postura educacional do Escotista, que os mais significativos valores são transmitidos e, principalmente, são aceitos e adotados pelos jovens. É na prática diária e na reflexão conjunta que os valores escoteiros se consolidam.
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